Renato Menezes

 

Mesa 8/11 • OUTRAS MODERNIDADES 

“O que Tarsila (não) viu em Madureira?”

Renato Menezes (PINACOTECA): Doutorando em Teoria da Arte pela EHESS (Paris) e é curador da Pinacoteca de São Paulo. Co-editou o livro “França Antártica: ensaios interdisciplinares” (Editora da Unicamp, 2021) e foi curador assistente da mostra “Raio-que-o-parta: ficções do moderno no Brasil” (Sesc 24 de maio, 2022).

Resumo: O objetivo da comunicação será interrogar a pintura “Carnaval em Madureira”, não da perspectiva de sua autora, Tarsila do Amaral, que a realizou em 1924, mas do ponto de vista do espaço geográfico representado: o bairro de Madureira, conhecido pela alcunha de “capital do subúrbio”. Sobre a obra, que tematiza o encontro de Tarsila do Amaral com o coreto em forma de Torre Eiffel no “coração da zona norte carioca” paira a atmosfera que deu origem contemporaneamente as escolas de samba que se organizaram no bairro, em torno de figuras emblemáticas como Heitor dos Prazeres e Paulo da Portela. A ausência dessas figuras revela, ao menos parcialmente, a espessura da lente pela qual a artista capturou a festa suburbana.